Os efeitos terapêuticos da Meditação

Se você pensa que somente meditadores experientes podem colher os benefícios da prática meditativa, inúmeras pesquisas têm comprovado que mesmo meditadores iniciantes podem experienciar uma considerável diminuição em níveis de ansiedade, raiva, depressão e tensão.

Quando você pensa na palavra Meditação talvez lhe venha à mente imagens como a de um yogui em postura de lótus ou pensamentos como: “Não tenho tempo.” Ou “Minha mente é muito agitada.” E talvez você já tenha ouvido falar nos vários benefícios da Meditação, mas pensa: “Parece algo ótimo, mas não é para mim.”

A verdade é que praticar Meditação tem efeitos terapêuticos não somente a longo prazo, mas também em um curto espaço de tempo, se você tiver a curiosidade para dar os primeiros passos nesse caminho.

Ao longo das últimas décadas, muitas pesquisas científicas têm provado a validade de técnicas milenares para auxiliar no tratamento de muitos desequilíbrios mentais e emocionais. Ainda que a relação causal entre a Meditação e os benefícios psíquicos seja ainda relativamente misteriosa, as evidências indicam que ela tem a ver com uma reestruturação de nosso próprio cérebro.

Na Universidade de Siena, uma das mais antigas da Europa, um time de pesquisadores buscou medir o alcance das mudanças neuroanatômicas que resultam de práticas meditativas, mais especificamente nos níveis cortical e subcortical do cérebro. Enquanto muitas pesquisas de décadas anteriores focavam apenas em meditadores experientes e monges budistas, esta pesquisa contou com 48 participantes que nunca haviam meditado anteriormente e os resultados foram revolucionários.

Os testes psicológicos e a ressonância magnética feitas antes e depois de um período de 8 semanas de prática, demonstraram “um aumento na espessura cortical no lóbulo insular direito e do córtex somatossensorial”, como também “uma redução significativa de muitos índices psicológicos relacionados à preocupação, ao estado de ansiedade, à depressão e à alexitimia (a dificuldade de reconhecer e expressar emoções)”.

Em outras palavras, a Meditação estimulou e aprimorou regiões cerebrais que estão envolvidas na percepção e na regulação das emoções. Mas o que isso significa para você que quer começar a meditar ou criar mais regularidade em sua prática? De acordo com o autor e PhD em Psicologia, Rolf Sovik:

“Estes resultados sugerem que mesmo um treinamento básico em Meditação tem potencialmente efeitos neurológicos muito poderosos.”

Qual é então o ingrediente ativo que faz a meditação ser meditação? Qual é o ingrediente responsável por estas mudanças observadas na pesquisa?

De acordo com os pesquisadores, os benefícios advindos da Meditação são o resultado do aumento da atenção em relação às suas sensações corporais de momento a momento, o que nos ajuda a sintonizarmos com a experiência presente, desfocando do excesso de pensamentos sobre o passado e sobre o futuro, e com uma atitude interior de não-julgamento, de modo mais gentil consigo e menos reativo.

Jon Kabat-Zinn, um dos pioneiros do Mindfulness no Ocidente, PhD pelo MIT e criador do renomado Programa de Redução do Estresse Baseado na Atenção Plena (MBSR), chegou a uma conclusão semelhante, enfatizando a habilidade transformativa do processo meditativo:

“A ciência está agora documentando que não são os objetos da Meditação que são importantes, mas sim o processo de prestar atenção a eles – o estar presente – que, na verdade, influencia o organismo em uma ampla variedade de formas.”

Pesquisas acadêmicas como esta são encorajadoras em muitos aspectos. Pois, devido ao fato de as práticas possuírem efeitos sutis, seus benefícios não são muitas vezes facilmente perceptíveis e os praticantes frequentemente ficam desencorajados, acreditando que a Meditação possa ser uma “perda de tempo.”

Esta pesquisa, por exemplo, demonstra claramente que investir tempo e dedicação à Meditação é uma forma efetiva de recuperar a nossa saúde mental, ou seja, que algumas ferramentas bem simples de lidar com nós mesmos e nossas emoções oferecem um grande retorno para a nossa qualidade de vida.

A comprovação de que a Meditação altera o modo de funcionamento de nosso cérebro é um dado animador para quem está iniciando. Isto não só destaca a importância do moderno Mindfulness, como também valida a milenar tradição contemplativa do oriente, que já apontava como nossa mente tende a se prender a certos padrões emocionais repetitivos e como estes padrões não são necessariamente inevitáveis, ou seja, nós podemos alterá-los e promover uma transformação profunda em nós mesmos.

Estas descobertas neurológicas apontam como os efeitos terapêuticos do ato de meditar são reais, aumentando nossa resiliência emocional e a plasticidade cerebral, nos permitindo uma vida cada vez mais autêntica e serena, mesmo em meio aos desafios da vida contemporânea.


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